Blog Ergo Sum II |
|
|
sábado, maio 29, 2004
Hoje acordei solitário embora todo mundo ainda estivesse lá. Andei pelas ruas como um ser kafkaniano perseguindo nada ou ninguém, de certa forma invisível. Via todos à minha volta, só não via a mim mesmo: prova irrefutável de que nossos sentidos captam não a realidade, mas nossa própria essência no todo. Se enxergássemos no nível molecular, seríamos moléculas agrupadas de carbono caminhando sem sentido. Mas como vemos apenas reflexões de luz, a vida simplesmente nos escapa: vemos o que pouco importa, perdemos a noção de nossos contornos, tornamo-nos massa amorfa. A única esperança então? Virmos a ser massa crítica.
Comments:
Postar um comentário
|