Blog Ergo Sum II |
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segunda-feira, julho 05, 2004
Pisou nos próprios passos desde sempre, mas entendam: Não que andasse pra trás: apenas suas pegadas estavam marcadas na terra e no cimento (e no telhado do tio) desde seu nascimento: no começo eram uma marca serpenteada no chão que se apagava quando ele engatinhava. Sua vida fora marcada antes de sua chegada, uma espécie de má sincronia, aos 8 anos, andando pelo playground, aborrecido por não conseguir sair de suas pegadas, chutou forte a grana, não sem antes perceber o rasgo forte na grama, reparado pela passagem de seu pé e, olhando para trás, percebeu que nenhum rastro o seguia, e se deu conta de que nenhuma marca sua havia restado. Que destino terrível: nenhum passado e o futuro traçado. Aos doze anos, andando pelo playground, teve um choque: não havia rastro! Nenhuma marca? Uma sensação de liberdade o fez pular, a tempo de ser atingido pelas pernas do menino no balanço... Voou três léguas e caiu direitinho na marca profunda deixada no chão de grama por seu bumbum.
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