Blog Ergo Sum II

Renasço como Fênix! Isso no meu ombro é cinza, e não caspa!!!

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domingo, junho 27, 2004
 
- Bom dia, eu posso ajudá-lo?
- Sim... É que... Eu precisava de algo que me ajudasse a, sei lá, esquentar um pouco minha relação...
- Pois não, temos aqui esse lindo arranjo de isqueiros com palitos de fósforo silvestres acompanhando.
- Não, eu preciso de algo mais... Mais potente, entende? Algo que a emocione, sabe? Sei lá, algo que a leve às lágrimas!
- Pois não, é claro! Aqui nós temos uma dúzia de sprays de pimenta envolto em papel celofane e preso com esse belo laço de forca.
- Ainda não é isso... Af... Eu preciso de algo que faça com que ela volte pra casa!
- Por que o senhor não disse antes?! Para esses casos, sugiro uma dúzia de ticketes metrô!


sábado, junho 12, 2004
 
Bolo de laranja com geléia de abacaxi! Huuuuummm...: seria ótimo, se não fosse diet...


quarta-feira, junho 09, 2004
 
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Once upon a time, quando eu abri a segunda versão do Blog Ergo Sum, coloquei ao lado (aí, à esquerda) "Algumas coisas persistem - principalmente as baratas. Algumas coisas retornam como filme na sessão da tarde".
Agora, influenciado pelo Harry Potter, que, admito, passei a gostar (mas tenho essa impressão que foi unicamente por amor à Ana), troquei a fase já desgastada.
Não deixa de ser um momento oportuno, espécie de novo retorno da toca, um pouco como a marmota após o inverno, sem saber se vai ver a sombra ou não...
Os textos estão tendendo um pouco pro velho Cardir, ultimamente. Sempre gostei dos textos surrealistas (ou de realismo fantástico, me corrigiria Tati).


terça-feira, junho 08, 2004
 
Meu problema é que eu não me permito ser outra pessoa - por isso, nunca consigo ser eu mesmo...


domingo, junho 06, 2004
 
Peguei uma camisa no armário. Não consegui vesti-la: as antitraças - completamente inimaginativas - traçaram linhas inexatas fechando as passagens para os braços - Sempre imaginei os braços como metrôs que circulavam pelas mangas das camisas: Dindom, próxima parada, punho. As bichinhas fizeram o mesmo com calças e cuecas.
Também os ícaros, esse pequenos homens alados que se queimam ao tocar as lâmpadas - como já preconizavam Adoniram Barbosa e Biafra - encheram de penas e cera meus tênis velhos, de modo que saí para a rua nu, vestindo apenas um cálice de rum, por causa do frio do amanhecer de maio.
Nunca havia usado uma roupa tão velha ou gasta quanto minha própria pele. Um guarda me parou na primeira esquina: o sinal está fechado pra pedestres, afirmou, com a voz imponente. Mas percebi que ele olhava meu pênis, ereto.
- Tá apontando pra onde? - perguntou.
- É como uma bússola de pomba: aponta sempre o caminho de casa.
- Podia ser pior - disse o guarda - podia apontar sempre o inferno.
- Acho que não - respondi, orgulhoso - sou casado.
O sol raiou forte a partir daí, esquentando meu espírito. Mas não pude entrar no trabalho: esqueci o crachá em casa.


sábado, junho 05, 2004
 
Int; Quatro homens coreanos manipulam pequenas bolinhas com asas. O ambiente é escuro e cheio de caixas que vibram e tremem.
A porta se abre, por ela entra um menino de 15 anos com uma varinha na mão, mascando um charuto em um lado da boca e deixando a fumaça sair pelas ventas.
- Por causa dessas bolinhas de quadribol falsificadas, meu time perdeu, o técnico suicidou e bons homens - meu amigos! - ficaram sem emprego!
Ele metralha os quatro homens com a varinha. Há fumaça por toda parte, deixando acinzentado o sangue que escorre da boca de um dos homens pelas bolinhas de quadribol.
Fade Out...
Aparece o letreiro: Dirty Harry Potter - A Varinha e a Magnum. Breve, em uma esquina perto de você.
Fade in: a coruja branca come os olhos dos coreanos. Corte.


 
Raptaram o Bono na Bahia! Sim, homens inescrupolosos queriam fortunas e o raptaram, deixando desesperados milhares de mães e fãs.
Por fim, usando um falso subterfúbio - convencendo os bandidos via rádio que era cardíaco - ele foi solto e pode retornar para casa.
Quando souberam do golpe em que tinham caído, os bandidos gritaram: Bono, seu cachorro!!!

E quem me contou é delegada de poliça!!!


 
Haviam treze homens em um rio. Apenas um deles olhava a água. Apenas este sabia que morreriam afogados.
Doze homens sorriam em suas intencionais torcicolos, olhando o sol se por. Em algum nível corporal, sentiam um frio crescente, ordenado, norteando. Mas gritavam e brincavam e jubilavam e viam o sol.
Um deles enfim notou aquele que fitava a água e riu de seus alertas de morte enquanto a água ralentava os movimentos das pernas submersas, encolhia e desanimava os pênis submersos, enrugavam a pela das mãos submersas. A água do rio subia e a cada centímetro arrancava dos homens a capacidade de enxergar.
Morreram os treze, sem poder respirar. Já era noite.
E então, o que riu e o que viu trocaram palavras. De que adiantou - perguntou o primeiro - viver a vida vigiando impotente a água que subia? De que adiantou não ver o sol?
De nada - respondeu o segundo (mas no fundo soube que era impossível ser diferente).


 
Tive hoje uma grande lição de vida!
Pena que perdi a aula...


quarta-feira, junho 02, 2004
 
Depois de um mês convivendo com Jubileu, fiquei em dúvida se ele realmente é um gato. Então, resolvi olhar os dados empíricos. Vejamos:

- Depois de ser tirado 15 vezes de cima da cama - as primeiras gentilmente e as últimas aos tapas e berros - ele sobe a 16ª vez?
* Sim.

- No meio da noite, sem razão aparente, ele começa a correr pela casa feito um louco, levando o cachorro ao desespero e os donos à insônia?
* Sim.

- Apesar de ter a água da vasilha trocada três vezes por dia, ele só bebe água da pia do banheiro, da pia da cozinha, dentro de vasilhas sujas, da privada ou de qualquer outra que não seja sua vasilha?
* Sim.

- Ele só come se ficarmos afagando a barriga dele ou então se for a ração do cachorro?
* Sim

- Depois de tudo isso, quando a gente pega ele pronto pra esganá-lo, ele pisca o olho três vezes, lentamente e começa a ronronar e, ao invés de esganá-lo, terminamos por abraçá-lo, dar colo pra ele e coçar atrás de sua orelha por mais de 40 minutos?
*Sim.

Não resta a menor dúvida: é um gato!...